Fiocruz abre acesso a banco de dados sobre plantas medicinais

Fiocruz abre acesso a banco de dados sobre plantas medicinais

O camapú é uma planta medicinal com propriedades para diferentes aplicações, inclusive antibiótico (Acervo CBPM)

Brasil possui aproximadamente 40 mil espécies vegetais conhecidas, inúmeras dessas plantas são consideradas medicinais por povos originários e diversas comunidades tradicionais

O Instituto de Tecnologia em Fármacos Farmanguinhos da Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz abriu acesso acesso em seu site a um banco de dados que reúne as informações bibliográficas disponíveis sobre plantas medicinais a partir do conhecimento tradicional.

A plataforma é resultado de estudo realizado pelo herbário Coleção Botânica de Plantas Medicinais (CBPM), do Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde da unidade (Cibs), com o apoio da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz).

A iniciativa pretende valorizar o conhecimento popular e a pesquisa etnobotânica a fim de estimular a repartição de benefícios com comunidades provedoras. Segundo a comunicação da entidade, a iniciativa também visa subsidiar pesquisas voltadas para a comprovação dos usos populares de plantas medicinais e estimular o desenvolvimento de produtos e políticas de saúde que priorizem a biodiversidade brasileira.

O projeto foi idealizado pelo biólogo Marcelo Galvão, curador adjunto da CBPM/Fiocruz. O levantamento bibliográfico foi realizado pelo técnico do CBPM/Fiocruz, Marco Antonio Filho. O site foi desenvolvido pelo analista computacional da VPPCB/Fiocruz, Carlos Henrique da Silva. Galvão explica que a nova ferramenta pode ser útil para profissionais que trabalham com produtos naturais e buscam novas espécies para estudar ou precisam comprovar a tradicionalidade de uso para notificar produtos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Brasil tem 40 mil espécies vegetais

O Brasil possui aproximadamente 40 mil espécies vegetais conhecidas, inúmeras dessas plantas são consideradas medicinais por povos originários e diversas comunidades tradicionais. No entanto, as listas oficiais de plantas medicinais possuem um número muito inferior ao já registrado por estudos etnobotânicos. Desta forma, o trabalho realizado pela instituição é contínuo, ou seja, à medida que uma nova espécie entra no acervo da CBPM, o levantamento bibliográfico sobre ela será incluído no banco, além da atualização das espécies já catalogadas.

O banco também é voltado para indústrias, provedores do conhecimento popular, gestores públicos que busquem ampliar listas oficiais de plantas medicinais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), seguindo a Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, e a população em geral.

Ao todo, o acervo atual conta com 300 espécies. Para consultar, basta acessar a página da Coleção de Botânica de Plantas Medicinais. As buscas podem ser feitas por família botânica, nome popular ou científico.

Fonte: com informações da comunicação da Fiocruz


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