Plataforma AMA recebe a visita de especialistas em sustentabilidade
Uma comitiva formada por brasileiros e dinamarqueses veio conhecer a proposta de envolver a população das cidades em práticas sustentáveis
Um edital financiado pelo governo dinamarquês foi lançado em colaboração com o projeto Zero Waste Co-Lab, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Paulista (UNIP). A iniciativa tem como propósito a troca de conhecimentos entre empresas, governo, indústrias e universidades, com o intuito de desenvolver estratégias empresariais e públicas para o aproveitamento de resíduos. A comitiva de participantes, fez uma visita na sede do AMA, para troca de conhecimentos de como a tecnologia pode ser aplicada em favor da sustentabilidade.
Parcerias de longo prazo
De acordo com Marcella Lomba Nicastro, pesquisadora e doutoranda do Núcleo de Design e Sustentabilidade da UFPR, trata-se de um projeto de colaboração para parcerias de longo prazo.
“Aproveitamos a passagem deles por Curitiba para uma série de visitas técnicas, para entenderem nosso cenário na gestão de resíduos voltados para a sustentabilidade”, conta Marcella.
Um evento de extensão aberto ao público na UFPR, contou com a presença de professores, empresas e representantes das prefeituras municipais de Curitiba e Campos do Jordão, onde foi debatido diferentes perspectivas sobre a gestão de resíduo zero.
A missão de resíduo zero
A presença dos dinamarqueses foi interessante pelo fato deles viverem em uma ilha, chamada Bornholm, que tem a missão de ser resíduo zero. Lá, eles ainda realizam a incineração de uma parte dos resíduos e trabalham em várias frentes para suspender definitivamente esse processo em um prazo mais curto possível.
“Todas as estratégias que envolvem mudança de comportamento da população são interessantes e o AMA pode ser uma inspiração, uma referência, para ajudar os dinamarqueses a buscarem outros caminhos”, completa Marcella.
Na sede do AMA, a comitiva teve a oportunidade de conhecer a empresa e a equipe desenvolvedora da solução, bem como as oportunidades que a plataforma AMA proporciona. Foi discutido como a tecnologia pode ser adaptada e aplicada em outras localidades do mundo e o compromisso em promover a sustentabilidade nas cidades. Também elogiaram a maneira que moradores são envolvidos em ações ambientais, tornando-os parte ativa na busca por um futuro mais sustentável.
O cidadão como protagonista
O dinamarquês Michael Søgaard Jørgensen, professor da Aalborg University, disse que gostou bastante do trabalho realizado pelo AMA.
“Achei interessante a organização de iniciativas locais para gerenciamento de resíduos e a promoção da educação ambiental dos moradores das cidades, que podem fortalecer a população e como as comunidades aprendem a se organizar”. Michael destacou ainda a necessidade de transparência do valor pago em impostos pelo cidadão. “É importante que o dinheiro seja realmente usado para algo relevante, e que as pessoas sintam que realmente têm influência sobre como sua comunidade está se desenvolvendo”.
A visita desses especialistas ao AMA é um reconhecimento do trabalho na promoção de práticas ambientais sustentáveis. A colaboração entre pessoas de diferentes cidades, estados e países é fundamental para enfrentar os desafios globais e a busca por soluções inovadoras para promover um futuro mais sustentável para todos.
Uma plataforma personalizada
A Secretária Adjunta de Meio Ambiente de Campos do Jordão, Letícia Oliveira, destacou que chamou atenção a proposta da zeladoria ambiental do AMA em chegar em locais dos municípios onde o serviço tradicional de limpeza não consegue alcançar.
“Cada município tem a sua particularidade e suas prioridades. A vantagem a plataforma AMA é que pode ser personalizada e adaptada para cada realidade. As cidades têm em comum a necessidade de, além da realização dos serviços de limpeza, reunir informações relacionadas ao modo de vida de seus moradores em um banco de dados que permitam decisões mais assertivas, principalmente em relação à educação ambiental e o descarte irregular de resíduos, entre tantas outras que possam minimizar custos e colaborar com a qualidade de vida da população”, completa Letícia.
ODS RELACIONADOS
ODS 4 – Educação de Qualidade
ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis
ODS 13 – Combate a Alterações Climáticas
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Muito interessante esta parceria com a Dinamarca. Tive a oportunidade de conhecer este país, e realmente os dinamarqueses têm uma forma de viver muito evoluída.