Itinerante e sustentável, conheça o CineSolar

Itinerante e sustentável, conheça o CineSolar

Crédito da foto: Pedro Cerqueira

Com 10 anos de atuação, o projeto faz parte da Solar World Cinema, uma rede internacional de cinemas itinerantes movidos a energia solar

Com uma incidência solar superior aos de países que desenvolvem projetos fotovoltaicos com mais frequência, como Alemanha, França e Espanha, o Brasil tem tudo para se tornar uma verdadeira potência no mercado de energia fotovoltaica.

Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a energia solar no Brasil representa 13,1% de toda a matriz elétrica, sendo a segunda maior fonte do país, ficando atrás apenas da energia hídrica. A energia solar está sendo utilizada no Brasil majoritariamente em residências, como uma auxiliar na redução da conta de luz, seja por meio da energia térmica, aquecendo água, ou com a utilização da energia fotovoltaica, gerando eletricidade.

Nessa tendência crescente do uso de energia solar, um dos exemplos mais criativos é o CineSolar. Com 10 anos de atuação, o projeto faz parte da Solar World Cinema, uma rede internacional de cinemas itinerantes movidos a energia solar, com a participação de vários países como Holanda, África do Sul, Nepal, Chile, Croácia e Austrália, entre outros.

A mágica do CineSolar é transformar espaços públicos e abertos em salas de cinema. Para isso, o projeto conta com dois cinemas móveis, batizados de Tupã e Mahura. Os furgões foram grafitados e adaptados com as placas fotovoltaicas e o sistema de conversão de energia e armazenamento, com 20 horas de autonomia. Cada veículo também carrega 110 cadeiras e banquetas para o público e todo o sistema de som e projeção para o cinema. Segundo a organização do Cine Solar, já foram gerados mais de 3 milhões de watts (equivalente a um ano e três meses de uma geladeira ligada).

Muito mais que a energia limpa gerada, o CineSolar levou conhecimento, cultura e alegria para para 284 mil pessoas de quase 600 cidades, de 23 estados e do Distrito Federal. Foram cerca 1870 sessões (com exibição de 180 filmes) e 576 oficinas. O projeto já percorreu mais de 250 mil quilômetros pelo país e atua com o objetivo de democratizar o acesso às produções audiovisuais (principalmente as nacionais), promover ações e práticas sustentáveis, a inclusão social e difundir a tecnologia da geração de energia solar. Com sessões gratuitas para toda a população e distribuição de pipoca, as matinês começam com curtas-metragens brasileiros  e depois são exibidos filmes como “Rio 2”, “Turma da Mônica”, “Mogli – O Menino Lobo”, “Dumbo”, “Cine Holliúdy”, “O Auto da Compadecida”, “Pluf, o Fantastaminha”, “Raya e o Último Dragão”, “Wall-E”, entre outros.


“Viajando pelo Brasil presenciei o quanto nosso território é diverso e, infelizmente, desigual. Há uma escassez de equipamentos culturais e de acesso às energias renováveis. Por isso, o nosso papel sempre foi de atuar com encantamento e alegria, por meio de ações culturais e ambientais, na sensibilização e conscientização das pessoas, além de aproximá-las das novas tecnologias e das produções cinematográficas nacionais”, diz Cynthia Alario, coordenadora e idealizadora do CineSolar.


Itinerante e sustentável, conheça o CineSolar

Crédito da foto: Rafael Hapke

Estação móvel de ciências, arte, tecnologia, sustentabilidade e cultura de paz

Com infográficos, iluminação e decoração especial – feita com materiais reciclados e objetos com princípios de magnetismo e eletricidade como laser e bola de plasma -, o veículo é uma atração à parte, que encanta pessoas de todas as idades e mostra, de maneira descontraída e divertida, como a luz do sol se transforma em energia elétrica.

Nas sessões de cinema e nas oficinas, o CineSolar também colabora na difusão de ações em conjunto com a Unesco Representação Brasil, e cumpre 10 dos 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) propostos pela ONU (Organização das Nações Unidas): saúde de qualidade; igualdade de gênero; redução das desigualdades; consumo e produção responsáveis; paz, justiça e instituições eficazes; educação de qualidade; energias renováveis; cidades e comunidades sustentáveis; combate às mudanças climáticas; e parcerias e meios de implementação.

“Para nós, difundir essa proposta em parceria com a Unesco é fundamental, tanto para sensibilizar a população, na compreensão de que todos nós fazemos parte deste grande ecossistema vivo do Planeta Terra, e que somos responsáveis pelas mudanças possíveis de serem feitas hoje, quanto para deixarmos esse legado nas cidades, nas comunidades por onde passamos”, destaca Cynthia Alario.

Oficinema Solar

Além das sessões de cinema, o CineSolar realiza a Oficinema Solar com crianças e jovens, que integra arte, tecnologia e sustentabilidade. O encontro presencial ou on-line, com duração de três horas, tem como objetivo sensibilizar e possibilitar a expressão dos participantes através da linguagem audiovisual, com a utilização de elementos básicos como fotografia, enquadramento e roteiro.

Por meio da educação ambiental, os participantes são incentivados a levantar os problemas locais e conversar sobre ações sustentáveis, construindo coletivamente a história e a roteirização do filme. Todas as ações são gravadas, um curta é produzido, editado pela equipe do CineSolar e tem sua “estreia mundial” durante a sessão de cinema para a comunidade local, ficando disponível também no canal do Youtube (https://www.youtube.com/@CINESOLARBRASIL).

Para acompanhar a agenda do CineSolar visitehttps://www.instagram.com/cinesolar/


O CineSolar conta com o patrocínio institucional da Mercedes-Benz – Cars & Vans Brasil, patrocínio solar da Clarios – com a bateria Heliar e a Freedom Estacionária, e apoio das marcas Biowash, Cicloway e Bio 2. O projeto também promove ações em conjunto com a Unesco Representação Brasil e a Unipaz (Universidade Internacional da Paz), e realiza compensação de carbono em parceria com a Ecooar (219 árvores já foram plantadas em área de manancial, em Garça/SP), sendo que em 2023 uma árvore será plantada a cada 10 sessões realizadas.


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