Os diferentes tipos de plástico

O mundo está cheio de plásticos. Quer você perceba ou não, praticamente tudo o que usamos diariamente é total ou parcialmente feito com material plástico. A televisão, o computador, o carro, a geladeira e muitos outros produtos essenciais utilizam materiais plásticos para tornar nossa vida mais fácil.

No entanto, nem todos os plásticos são iguais. Os fabricantes utilizam uma variedade de diferentes materiais e compostos, cada um com propriedades exclusivas. Alguns deles são reutilizáveis, outros produzem materiais perigosos. Alguns são facilmente recicláveis, outros precisam de manejos específicos em seu processo de reciclagem.

OS TIPOS DE PLÁSTICOS MAIS POPULARES:

PET – Tereftalato de polietileno
PEAD – Polietileno de alta densidade
PVC – Policloreto de Vinila ou cloreto de vinila
PEBD – Polietileno de baixa densidade
PP – Polipropileno
PS – Poliestireno ou isopor
Outros Plásticos: policarbonato, polilactídeo, acrílico, acrilonitrila, butadieno, estireno, fibra de vidro e náilon

Dê uma olhada para os lados. Você certamente encontrará uma variedade de produtos plásticos. Seria fácil classificar tudo simplesmente como plástico, mas, para o bem do meio ambiente e da nossa saúde é importante conhecermos os diferentes tipos de plásticos e suas utilizações. Isso nos ajudará a tomar as medidas corretas quando tratamos de reciclagem.

PET – TEREFTALATO DE POLIETILENO

Descoberto em 1940, esse plástico é um dos mais usados ​​no planeta. Curiosamente, demorou mais 30 anos antes de ser usado em garrafas de bebidas, como as de refrigerante. O PET é usado, principalmente, em embalagem de alimentos e bebidas devido à sua forte capacidade de impedir que o oxigênio entre e estrague o produto. Também ajuda a evitar que o dióxido de carbono das bebidas carbonatadas saia. A desvantagem é que o PET é feito a partir do petróleo – uma fonte não renovável – e, quando misturado a outros tipos de materiais, como fibras de algodão – no caso das roupas de PET – a sua reciclagem fica inviabilizada.

PEAD – POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE

Foi usado pela primeira vez nos anos de 1950, para canos em bueiros e ralos. Hoje, esse plástico é utilizado para uma ampla variedade de produtos. O PEAD é bastante reciclado porque não quebra sob a exposição ao calor ou frio extremos. Está presente em embalagens de detergente e óleos automotivos, sacolas de supermercados, tampas, potes, entre outros. Por ser um termoplástico, o PEAD é reciclável. Ele pode ser obtido a partir do petróleo ou de fontes vegetais – nesse caso ele é chamado de plástico verde.

PVC – POLICLORETO DE VINILA OU CLORETO DE VINILA

O PVC é um dos mais antigos materiais sintéticos utilizados na produção industrial. É encontrado em embalagens para água mineral, óleos comestíveis, maioneses, sucos, perfis para janelas, tubulações de água e esgoto, mangueiras, embalagens para remédios, brinquedos, bolsas de sangue, material hospitalar, entre outros. Ele é muito utilizado por ser rígido, transparente (se desejável), impermeável, resistente à temperatura e inquebrável. O PVC é formado por 57% de cloro (derivado de um sal do mesmo tipo do sal de cozinha) e 43% de eteno (derivado do petróleo). No Brasil, a taxa de reciclagem do PVC tem crescido ao longo do tempo. O reaproveitamento do material, quando bem separado, pode ser feito de forma simples e menos onerosa.

PEBD – POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE

O PEBD é utilizado em sacolas de compras, leite opaco, vasilhame de suco, frascos de xampu e frascos de remédios. Não apenas reciclável, o PEBD é relativamente mais estável do que o PET, e é considerado uma opção mais segura para uso em alimentos e bebidas. Está presente em sacolas para supermercado e boutiques, filmes para embalar leite e outros alimentos, sacaria industrial, filmes para fraldas descartáveis, bolsa para soro medicinal, sacos de lixo, entre outros. É um tipo de plástico muito utilizado por ser flexível, leve, transparente e impermeável. Por ser um termoplástico, o PEBD é reciclável. Ele pode ser obtido a partir do petróleo ou de fontes vegetais. No último caso, assim como o PEAD, ele é chamado de plástico verde.

PP – POLIPROPILENO

Começou a ser utilizado no início dos anos 1950, na tentativa de converter propileno em gasolina, mas descobriram um novo processo catalítico para fazer plástico. Muito desse plástico é produzido, mas apenas uma pequena fração é realmente reciclada. Mais rígido e resistente ao calor, o PP é amplamente utilizado em recipientes de alimentos quentes, além de coletes térmicos e peças automotivas, partes das fraldas descartáveis ​​e dos absorventes internos. Embora tenha todas essas qualidades, o PP não é totalmente reciclável.

PS – POLIESTIRENO OU ISOPOR

Em 1839, o farmacêutico alemão Eduard Simon encontrou acidentalmente poliestireno enquanto preparava medicamentos. Ele isolou uma substância da resina natural e não percebeu o que havia descoberto. Foi preciso o químico alemão Hermann Staudinger para pesquisar esse polímero e expandir seus usos. Como o poliestireno é leve e fácil de transformar em materiais plásticos, ele também se quebra sem esforço, tornando-se mais prejudicial ao meio ambiente. Praias de todo o mundo estão repletas de pedaços de isopor, colocando em risco a saúde dos animais marinhos. O PS é utilizado em recipientes de alimentos, caixas de ovos, copos e tigelas descartáveis, embalagens e em capacetes de motocicletas.

OUTROS PLÁSTICOS:

Policarbonato, polilactídeo, acrílico, acrilonitrila, butadieno, estireno, fibra de vidro e náilon estão na categoria de plásticos diversos. Existem muitas diferenças nesses tipos de plásticos para serem classificados pelos programas de reciclagem. Muitos produtos se enquadram nessa categoria, o que significa que é melhor evitá-los, especialmente para produtos alimentícios. Não é muito fácil quebrar esses plásticos, a menos que sejam expostos a altas temperaturas. O policarbonato (PC) é o mais comum nesta categoria, também é conhecido por vários nomes: Lexan, Makrolon e Makroclear. Ironicamente, o PC é normalmente usado para mamadeiras, copos com canudinho, garrafas de água, galão de água, forro de metal para latas de comida, recipientes de ketchup e selantes dentários. Devido à sua toxicidade, vários países proibiram o uso de PC para mamadeiras e embalagens de fórmulas infantis. Adicionado com sua qualidade de taxa de reciclagem muito baixa, o PC deve ser evitado a todo custo.

O PLÁSTICO PODE SER TRANSFORMADO EM TECIDO?

O plástico não apenas compõe muitos itens que usamos todos os dias, mas também é usado para criar tecidos. O tecido mais comum à base de plástico é o tereftalato de polietileno, também conhecido como poliéster.

O plástico usado para criar o tecido de poliéster é o mesmo material usado para fazer garrafas de água, o que significa que suas roupas podem ser feitas de materiais reaproveitados. No entanto, nem todos os itens de poliéster vêm de plástico reciclado. Roupas também são feitas de pedaços de plástico produzidos na fábrica, mas quando um item é produzido com poliéster 100% reciclado, é mais provável que seja a partir de garrafas de água reutilizadas.

COMO IDENTIFICAR CADA TIPO DE PLÁSTICO

Há um padrão utilizado pelas fábricas. Repare que existem números cercados por um triângulo com setas nos rótulos dos produtos de plástico. Eles têm a função de alertar os consumidores sobre o descarte seletivo, além de orientar a separação devida de cada material.

No Brasil, a norma técnica do plástico (NBR 13.230:2008) foi concebida de acordo com critérios internacionais. A numeração separa o material em seis diferentes tipos de plástico: PET, PEAD, PVC, PEBD, PP, PS. E ainda há uma sétima opção (outros), empregada para os produtos fabricados com uma combinação de diversas resinas e materiais.

PET – Tereftalato de polietileno – número 1
PEAD – Polietileno de alta densidade – número 2
PVC – Policloreto de Vinila ou cloreto de vinila – número 3
PEBD – Polietileno de baixa densidade – número 4
PP – Polipropileno – número 5
PS – Poliestireno ou isopor – número 6
Outros Plásticos: policarbonato, polilactídeo, acrílico, acrilonitrila, butadieno, estireno, fibra de vidro e náilon – número 7

Esperamos que agora que você já saiba qual tipo de plástico irá usar como recipientes para alimentos e bebidas e qual tipo deve evitar devido à sua baixa taxa de reciclagem.

Não se esqueça de separar seus resíduos de forma responsável. Não misture os orgânicos com os não orgânicos, separe o vidro do papel e do plástico. Isso vai ajudar no processo de reciclagem. Faça a sua parte!

 

Leia também: Por que devemos reciclar o plástico?

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