Pesquisa aponta aumento dos hábitos sustentáveis no Brasil

Levantamento da CNI também avaliou como o consumidor se comporta na hora de comprar produtos produzidos de maneira sustentável

A preocupação com o meio ambiente tem influenciado nos hábitos de consumo e no comportamento dos brasileiros, é o que diz pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, no último mês, com 2.019 pessoas, a partir de 16 anos, em 26 estados do país e no Distrito Federal.

O levantamento revela que 74% dos entrevistados adotam hábitos sustentáveis, sendo que 30% dizem que sempre adotam esse hábito e 44% afirmam que às vezes o fazem. Praticamente sete em cada dez brasileiros (69%) costumam separar materiais para reciclagem e apenas 9% misturam o lixo eletrônico com o restante dos resíduos. Além disso, 90% dos entrevistados afirmaram que evitam desperdiçar água, sempre ou na maioria das vezes, 89% evitam o desperdício de comida, sempre ou na maioria das vezes e 86%, o desperdício de energia, sempre ou na maioria das vezes.

Consumidores mais atentos

A crescente preocupação das pessoas com o meio ambiente também se mostra quando vão às compras. São consumidores que procuram saber se as empresas adotam procedimentos para prejudicar o menos possível o meio ambiente, como reduzir a emissão de poluentes e a quantidade de resíduos descartados.

Segundo o levantamento, metade dos entrevistados verificam sempre (24% do total) ou na maioria das vezes (26% do total) se o produto que vai adquirir foi produzido de forma ambientalmente sustentável. Na pesquisa anterior, realizada em 2019, 19% afirmaram que sempre verificam se os produtos que vão adquirir foram produzidos de forma ambientalmente correta, enquanto outros 19% afirmaram que verificam às vezes.

Em 2022, entre os mais velhos este hábito é maior: para 53% dos entrevistados de 41 a 59 anos e para 53% dos entrevistados com mais de 60 anos, o hábito de se verificar se o produto que vai adquirir foi produzido de forma ambientalmente sustentável é feito sempre ou na maioria das vezes, enquanto entre as pessoas de 16 a 24 anos o percentual é de 45%. 28% dos entrevistados não compram o produto ambientalmente sustentável, independentemente do preço.

Um terço dos entrevistados compra o produto ambientalmente sustentável apenas se o preço for igual. Já 31% compram o produto ambientalmente mesmo sendo mais caro: para 19%, compra-se o produto ambientalmente sustentável apenas se for um pouco mais caro e para 12%, mesmo que seja muito mais caro.

Um terço dos brasileiros não separa recicláveis

O levantamento também perguntou se o entrevistado, ou algum outro morador costuma separar materiais para reciclagem, 69% dos entrevistados informaram que sim e 31% informaram que não. Em comparação com pesquisas anteriores, nota-se uma maior conscientização das pessoas quanto à prática de separação do lixo para reciclagem. Em 2013, 47% dos entrevistados afirmaram que o lixo era separado para reciclagem em suas casas. Este percentual subiu para 55%, em 2019, atingindo os 69% em 2022.

Eletrônicos
Quando perguntados sobre como se desfazem de aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos velhos, a doação foi o meio informado mais frequente entre os entrevistados (30% do total de entrevistados). Em seguida, a separação, mas colocando junto com o resto do lixo foi o mais citado (17%), um resultado próximo dos que informaram que separam para levar a um posto de coleta (16%). Outros 13% informaram que separam e guardam o material para retirada de empresa especializada.

Um destaque importante quando se compara com pesquisas anteriores é a diminuição do número de pessoas que destinam o lixo eletrônico junto com o lixo restante. Em 2013, 21% dos entrevistados misturavam o lixo eletrônico com o restante do lixo, caindo para 12%, em 2019 e reduzindo para 9%, em 2022.

Fonte: Pesquisa Hábitos Sustentáveis e Consumo Consciente – 2022. CNI – Confederação Nacional da Indústria

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