Brasil desperdiça R$ 14 bilhões ao ano em materiais recicláveis
Atualmente, a média de reciclagem no Brasil é de apenas 3% do volume de lixo gerado, enquanto a média mundial é de 9%
Um dos maiores desafios das cidades está na sua capacidade de reduzir e reciclar o lixo. Entre 2010 e 2019, a geração de resíduos sólidos no Brasil passou de 67 milhões para 79 milhões de toneladas por ano. Materiais recicláveis correspondem a cerca de 26 milhões de toneladas (33%) destes resíduos e geram dinheiro quando são reaproveitados.
Mas boa parte destes materiais (12 bilhões de toneladas) vão parar nos lixões, todos os anos, gerando uma perda econômica de R$14 bilhões, valor equivalente ao orçamento de uma grande capital brasileira como Belo Horizonte. As informações constam no Panorama dos Resíduos Sólidos 2020 da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE).
Atualmente, a média de reciclagem no Brasil é de apenas 3% do volume de lixo gerado, enquanto a média mundial é de 9%. Para Carlos Silva Filho, diretor presidente da ABRELPE, para melhorar esse índice é necessário uma série de esforços.
“Em primeiro lugar, precisamos da conscientização e engajamento dos consumidores – principalmente com separação na fonte e entrega de materiais para coleta seletiva. Aliado a isso, o comprometimento de produtores e comércio na estruturação de sistemas de retorno desses materiais e seu aproveitamento como recurso em novos processos produtivos e também do poder público para disponibilizar as infraestruturas necessárias e estimular o aproveitamento de recicláveis”, disse.
Atitude AMA
Adotar comportamentos mais sustentáveis dentro de casa podem ajudar a mudar este panorama. É em casa que começamos a promover uma mudança de comportamento.
Compras éticas e atividades dentro da família, como economizar água e energia, comer alimentos saudáveis, escolher produtos de marcas responsáveis, separar e descartar corretamente os resíduos e colaborar com a logística reversa e com a economia circular.
Fontes de informação: ABRELPE, Menor Jornal do Mundo
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