Conheça os vencedores do Prêmio Meros de Conservação da Biodiversidade Marinha
Foram avaliadas 10 iniciativas em três categorias: Sociedade Civil, Protagonismo Jovem e Iniciação Científica
A oceanógrafa e gerente geral do Projeto Meros do Brasil, Maíra Borgonha anunciou na última terça-feira (28/02) os vencedores do primeiro Prêmio Meros de Conservação da Biodiversidade Marinha. O prêmio é uma forma de reconhecer, valorizar e dar visibilidade para ações brasileiras de conservação do oceano e da sociobiodiversidade marinha nacional.
Foram avaliadas 10 iniciativas em três categorias: sociedade civil, iniciativas ou lideranças de base comunitária; projetos de iniciação científica, realizados por jovens pesquisadores (estudantes de graduação ou formados há menos de dois anos); e protagonismo jovem (iniciativa individual ou coletiva de pessoas com menos de 30 anos).
Na categoria Sociedade Civil o vencedor foi Ruan Messias Fernandes com o projeto Itamaracá Preservada. O segundo lugar ficou com Dâmaris Beatriz Soares de Oliveira Lima com o projeto “Mar à Vista” e o terceiro com Camila Cristina Pires de Brito com o “Observatório Marinho”.
Na categoria Protagonismo Jovem o primeiro lugar ficou com Beatriz Mattiuzzo (Ilha Grande – RJ) pelo projeto Marulho ECO. O segundo lugar com Gabriel Martins, criador do “Praia-Viva” e o terceiro lugar com Ana Manoela Piedade Pinheiro do projeto “A Princesa sem Lixo”.
O prêmio Iniciação Científica ficou com Márcio Vasconcelos de Oliveira Torres com a “Expedição Remando em Preservação”.
As iniciativas vencedoras de cada categoria receberam troféu, certificado, kit promocional e prêmio em dinheiro no valor de R$ 500 para o primeiro lugar; R$ 300 para o segundo e R$ 200 para o terceiro.
Sobre o projeto Meros do Brasil
Com patrocínio da Petrobras, desde 2002, o Projeto Meros do Brasil garante a preservação da espécie ameaçada de extinção Epinephelus itajara. O mero é um peixe marinho da família Epinephelidae, a mesma de outras grandes garoupas como chernes e badejos. Presente em grande parte da costa brasileira, o peixe chega a viver 40 anos e a pesar até 400kg.
A iniciativa está presente em nove estados da costa do Brasil (Pará, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina). Criado em Santa Catarina (São Francisco do Sul), o projeto pretende garantir a conservação dos ecossistemas marinhos e desta que é considerada a maior espécie de garoupa do Oceano Atlântico.
Por sua imponência, pelo risco de extinção e importância para o ecossistema marinho, o mero tornou-se em 2002 a primeira espécie de peixe a receber uma moratória específica que estabeleceu a proibição da captura, transporte e comercialização no Brasil.
Atualmente as ações do projeto estão voltadas para a conservação da sociobiodiversidade através da pesquisa científica, educação, comunicação e da arte, e buscam envolver as comunidades locais, valorizando o seu conhecimento, e toda a sociedade, promovendo equidade de gênero, inclusão racial e de pessoas com deficiência.
Cobrindo aproximadamente 1.500 quilômetros da costa brasileira, por meio da atuação em rede, as ações do Projeto Meros do Brasil levam em conta as particularidades de cada território, e são executadas de forma colaborativa entre as equipes de todos os estados.
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