Dia Nacional da Araucária – professor desenvolve técnica para salvar a árvore de extinção

Dia Nacional da Araucária - professor desenvolve técnica para salvar a árvore de extinção

Para marcar a data, o blog Cidade AMA destaca a pesquisa do Engenheiro Agrônomo Flávio Zanette. 

Celebrado dia 24 de junho, o Dia Nacional da Araucária foi instituído em 2005, por Decreto Presidencial, visando a conscientização sobre a exploração e o desmatamento da árvore. Entre as espécies florestais nativas brasileira a Araucaria angustifolia é, certamente, uma das mais icônicas. Ameaçada de extinção, as araucárias nativas não podem ser cortadas. Para marcar a data, o blog Cidade AMA destaca a pesquisa do Professor Flávio Zanette, da Universidade Federal do Paraná. 

Em abril deste ano, Zanette colheu os primeiros pinhões de plantas selecionadas e enxertadas para sua pesquisa. Segundo o professor, a técnica pode salvar o pinheiro araucária da extinção. O Engenheiro Agrônomo e especialista em agricultura tropical e sub-tropical conta que “depois de 36 anos de pesquisa atingimos nosso objetivo, que era tornar a nossa araucária uma planta com alto interesse econômico como produtora de pinhões. E desta forma, tirá-la da lista de espécies ameaçadas de extinção”.

As plantas foram enxertadas em 2016 e 2017. Produzirem pinhões em 2022 é extremamente precoce. Na natureza, sem enxertia, uma araucária de semente só inicia a produção depois de 15 anos de plantio. As razões da precocidade são apontadas por Zanette: a enxertia adequada com material adulto e a seleção de uma matriz produtiva de alta qualidade e produtividade. O tronco enxertado tem como origem o clone de uma araucária existente em Caçador (SC), que chegou a produzir 674 pinhas num só ano, cinco vezes mais que outras plantas.

“Isto é prova, primeiro, que é possível selecionar grandes matrizes altamente produtivas ou com pinhões especiais. Segundo, é possível cloná-las por enxertia e elas iniciam a produção de pinhões precocemente, como todas as plantas frutíferas enxertadas”, explica ele.

O professor Zanette pesquisa sobre as araucárias desde 1986. “Com o resultado alcançado em 2022, a araucária estará salva, porque plantar a árvore com essas características será altamente lucrativo para o proprietário rural. Se antes o agricultor não plantava porque não podia derrubar o pinheiro, agora o interesse dele será colher os pinhões e comercializá-los. Isso lhe dará, ao longo do tempo, uma renda superior ao cultivo de soja ou qualquer outra cultura por hectare. Esta é a diferença, esta é a grande notícia. Nestes 36 anos de pesquisa nós tínhamos uma esperança. Agora, temos a confirmação”, comemora o professor.

Fontes de informação: UFPR – EMBRAPA


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