Idec combate a publicidade enganosa em alimentos

Idec combate a publicidade enganosa em alimentos

Observatório da Publicidade de Alimentos fortalece o direito dos consumidores ao acesso à informação correta

Iniciativa do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), o Observatório da Publicidade de Alimentos (OPA) atua desde 2019 na identificação de publicidades ilegais de alimentos. O comitê recebe as denúncias do consumidor e define as estratégias de encaminhamento e divulgação dos casos, além de realizar o contato com os órgãos competentes que poderão dar seguimento aos casos.

O principal objetivo do OPA é enfrentar a epidemia da obesidade e o grande aumento dos índices de doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, pressão alta, doenças do coração, cânceres) – problemas que estão diretamente relacionados com a má alimentação. Uma das justificativas do OPA é que a publicidade de alimentos está presente em todos os meios de comunicação e exerce uma grande influência em nossos hábitos e comportamentos. Além de incentivar o consumismo, essa prática tem impactos sérios na saúde das pessoas, pois, em geral, promove alimentos não saudáveis, como os ultraprocessados. Segundo o próprio OPA, as estratégias usadas para promover esses produtos são muitas vezes desleais, pois dialogam diretamente com crianças, investem em brindes, oferecem recompensas falsas e fazem promessas enganosas, como melhorar a nossa saúde e bem-estar.

Informações sobre as práticas proibidas na publicidade infantil de alimentos e a publicidade enganosa de alimentos estão disponíveis no site do Observatório nos links:

https://publicidadedealimentos.org.br/publicidade-infantil/  e https://publicidadedealimentos.org.br/publicidade-enganosa/


Consumidora denunciou marcas de pães 

Na última semana, o Idec denunciou duas marcas por publicidade enganosa sobre pães integrais. A alegação da entidade foi a recente mudança nos rótulos que poderiam induzir os consumidores ao engano em suas escolhas alimentares, o que é proibido pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor). 

“Aqueles pães que destacavam a alegação de serem 100% integrais, na verdade, possuem uma composição que varia entre 37,9% a 65,9% de ingredientes integrais”, explica o advogado do programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, Leonardo Pillon.

As empresas passaram a declarar a porcentagem verdadeira de ingredientes integrais nas novas embalagens após a nova norma da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que define critérios para que um alimento possa ser considerado integral. Isso permitiu a prova da enganosidade desses rótulos e propagandas, uma vez que as marcas sustentaram a afirmação enganosa de serem 100% integrais quando os produtos não possuíam essa composição.

E, apesar da mudança no rótulo, as empresas ainda mantêm estratégias de publicidade que dificultam a imediata e clara identificação da real composição dos produtos, uma vez que só mudaram os dizeres de “100% Integral” para “100% Natural” ou “100% Nutrição”.  O real percentual de composição integral é exibido em letras menores, sem destaque de cor, fonte, fundo e contraste nos rótulos.

A denúncia foi feita ao Procon do Distrito Federal após uma pessoa consumidora informar a prática no site do OPA (Observatório de Publicidade de Alimentos).  

Como denunciar

Para fazer uma denúncia é preciso acessar o link https://publicidadedealimentos.org.br/denuncie/ , definir o tipo de publicidade, a categoria de alimento, produto e qual veículo, rede social, espaço físico, rótulo ou embalagem a suposta ilegalidade está presente.


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ODS 12 – Consumo e produção responsáveis – Garantir padrões de consumo e de produção sustentáveis


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