O que fazer em situações de inundação e deslizamento de terra
O Blog Cidade AMA reproduz informações fundamentais da Defesa Civil de Santa Catarina sobre ações que podem ser realizadas em caso de enchentes e deslizamentos.
Em caso de emergência na cidade de Florianópolis ligue para Guarda Municipal – 153 – Defesa Civil – 199 – Corpo de Bombeiros – 193
Alagamentos
O que devo fazer ao verificar os riscos de alagamento da cidade?
Não deixe crianças trancadas em casa sozinhas;
Mantenha sempre pronta água potável, roupa e remédios, caso tenha que sair rápido da sua casa;
Conheça o Centro de Saúde mais próximo da sua casa, pode ser necessário;
Avise aos seus vizinhos sobre o perigo, no caso de casas construídas em áreas de risco de deslizamento. Avise, também, imediatamente ao Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil;
Convença as pessoas que moram nas áreas de risco a saírem de casa durante as chuvas;
Avise imediatamente ao Corpo de Bombeiros ou Defesa Civil sobre áreas afetadas pela inundação;
Posso levar os objetos pessoais mais importantes?
Antes de tudo, salve e proteja sua vida, a de seus familiares e amigos. Se precisar retirar algo de sua casa, após a inundação, peça ajuda à Defesa Civil ou ao Corpo de Bombeiros; Coloque documentos e objetos de valor em um saco plástico bem fechado e em local protegido;
Se a inundação for inevitável, como devemos nos preparar para enfrentá-la?
Tenha um lugar previsto, seguro, onde você e sua família possam se alojar no caso de uma inundação;
Desconecte os aparelhos elétricos da corrente elétrica para evitar curtos circuitos nas tomadas;
Não construa próximo a córregos que possam inundar;
Não construa em cima de barrancos que possam deslizar, carregando sua casa;
Não construa embaixo de barrancos que possam deslizar, soterrando sua casa;
Feche o registro de entrada d`água;
Retire todo o lixo e leve para áreas não sujeitas a inundações;
Feche bem as portas e janelas.
Há perigos de choque elétrico em equipamentos que foram molhados na inundação?
Sim. Não use equipamentos elétricos que tenham sido molhados ou em locais inundados, pois há risco de choque elétrico e curto-circuito.
Como podemos colaborar para evitar inundações?
Jogue o lixo no lixo. Não jogue lixo em terrenos baldios ou na rua. Não jogue papel e lixo na rua;
Não jogue sedimentos, troncos, móveis, materiais e lixo que impedem o curso do rio, provocando transbordamentos;
Não jogue lixo nos bueiros (boca de lobo), para não obstruir o escoamento da água;
Limpe o telhado e canaletas de águas para evitar entupimentos;
É uma boa diversão para as crianças brincar nas águas de inundação. Existe perigo nisso?
Sim. Não deixe crianças brincando na enxurrada ou nas águas dos córregos, pois elas podem ser levadas pela correnteza ou contaminar-se, contraindo graves doenças, como hepatite e leptospirose;
O que devemos fazer após a inundação?
Enterre animais mortos e limpe os escombros e lama deixados pela inundação;
Lave e desinfete os objetos que tiveram contato com as águas da enchente;
Retire todo o lixo da casa e do quintal e o coloque para a limpeza pública;
Veja se sua casa não corre o risco de desabar;
Raspe toda a lama e o lixo do chão, das paredes, dos móveis e utensílios;
Cuidado com aranhas, cobras e ratos, ao movimentar objetos, móveis e utensílios. Tenha cuidado com cobras e outros animais venenosos, pois eles procuram refúgio em lugares secos.
Que cuidados devemos ter com a água?
Nunca beba água de enchente ou inundação;
Não beba água ou coma alimentos que estavam em contato com as águas da inundação.
– Água para Consumo Humano: pode ser fervida ou tratada com água sanitária, na proporção de 2 gotas de água sanitária para 1 litro de água ou tratada com hipoclorito de sódio, na proporção de 1 gota de hipoclorito para 1 litro de água. Nos dois casos, deixar em repouso por 30 minutos para desinfetar.
– Água para limpeza e desinfecção das casas, prédios ou rua deve ter a seguinte dosagem: 1 litro de hipoclorito de sódio para 20 litros de água ou 1 litro de água sanitária para 5 litros de água.
Ferva a água ou use 1 gota de hipoclorito para 1 litro de água;
Lave os alimentos com água e hipoclorito.
Deslizamento
Fenômeno provocado pelo escorregamento de materiais sólidos, como solos, rochas, vegetação e/ou material de construção ao longo de terrenos inclinados, denominados de “encostas”, “pendentes” ou “escarpas”. Os deslizamentos em encostas e morros urbanos vêm ocorrendo com uma freqüência alarmante nestes últimos anos, devido ao crescimento desordenado das cidades, com a ocupação de novas áreas de risco, principalmente pela população mais carente.
O que devo fazer ao verificar os riscos de deslizamento de um morro ou encosta?
Avise aos seus vizinhos sobre o perigo, no caso de casas construídas em áreas de risco de deslizamento. Avise, também, imediatamente ao Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil. Convença as pessoas que moram nas áreas de risco a saírem de casa durante as chuvas;
Você pode fazer junto com a sua comunidade um plano de evacuação.
O que é um plano de evacuação?
Se você está morando numa área de risco, tenha com sua vizinhança um plano de evacuação com um sistema de alarme. É um plano que permite salvar a sua vida e de seus vizinhos. Caso a localidade onde você mora ainda não tem esse plano, converse com o Prefeito e o Coordenador de Defesa Civil.
Quais são os sinais que indicam que pode ocorrer um deslizamento?
Se você observar o aparecimento de fendas, depressões no terreno, rachaduras nas paredes das casas, inclinação de tronco de árvores, de postes e o surgimento de minas d’água, avise imediatamente a Defesa Civil;
O que fazer quando ocorrer um deslizamento?
Se você observar um princípio de deslizamento, avise imediatamente a Defesa Civil do seu Município e o Corpo de Bombeiros, bem como o máximo de pessoas que residem na área do deslizamento;
Afaste-se e colabore para que curiosos mantenham-se afastados do local do deslizamento, poderá haver novos deslizamentos;
Posso ajudar os bombeiros?
Somente se solicitado, caso contrário, vários equipamentos e pessoas especializadas em salvamento precisarão do local desimpedido;
Não se arrisque sem necessidade, não entre no local do deslizamento, somente pessoas especializadas em salvamento podem entrar;
Não permita que crianças e parentes entrem no local do deslizamento;
Não conteste as orientações do Corpo de Bombeiros.
O que posso fazer para evitar um deslizamento?
Não destrua a vegetação das encostas;
Junte o lixo em depósitos para o dia da coleta e não deixá-lo entulhado no morro;
Não amontoe sujeira e lixo em lugares inclinados porque eles entopem a saída de água e desestabilizam os terrenos provocando deslizamentos;
Não jogue lixo em vias públicas ou barreiras, pois ele aumenta o peso e o perigo de deslizamento. Jogue o lixo e entulho em latas ou cestos apropriados;
Não dificulte o caminho das águas de chuva com lixo por exemplo;
As barreiras em morros devem ser protegidas por drenagem de calhas e canaletas para escoamento da água da chuva;
Não faça cortes nos terrenos de encostas sem licença da Prefeitura, para evitar o agravamento da declividade;
Solicite a Defesa Civil, em caso de morros e encostas, a colocação de lonas plásticas nas barreiras;
As barreiras devem ser protegidas com vegetação que tenham raízes compridas, gramas e capins que sustentam mais a terra;
Em morros e encostas, não plante bananeiras e outras plantas de raízes curtas, porque as raízes dessas árvores não fixam o solo e aumentam os riscos de deslizamentos;
Pode-se plantar para que a terra não seja carregada pela água da chuva. Perto das casas: pequenas fruteiras, plantas medicinais e de jardim, tais como: goiaba, pitanga, carambola, laranja, limão, pinha, acerola, urucum, jasmim, rosa, pata-de-vaca, hortelã, cidreira, boldo e capim santo. Nas encostas pode-se plantar: capim braquiária, capim gordura, capim-de-burro, capim sândalo, capim gengibre, grama germuda, capim chorão, grama pé-de-galinha, grama forquilha e grama batatais. A vegetação irá proteger as encostas;
Em morros e encostas não plante mamão, fruta-pão, jambo, coco, banana, jaca e árvores grandes, pois acumulam água no solo e provocam quedas de barreiras.
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