Alunos da rede municipal aprendem a importância da conservação dos manguezais

Parque Natural Municipal do Manguezal do Itacorubi – Fritz Müller – PMF

Em Florianópolis, mais de 450 estudantes participaram das atividades da Escola do Mar

O Brasil abriga uma das maiores extensões de manguezais do mundo, que foram relegados historicamente. Estima-se que 25% das áreas originais de manguezal no país já tenham sido suprimidas desde o início do século 20, segundo o Atlas dos Manguezais do Brasil, publicado em 2018 pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente. As florestas de mangue estão desaparecendo de três a cinco vezes mais rapidamente do que as perdas globais de florestas.

Em todo o mundo, mais de 200 milhões de pessoas vivem nas proximidades dos manguezais, dos quais se beneficiam de alimentos e matérias-primas, utilizados tanto para o consumo próprio quanto para a comercialização. Além disso, esse ecossistema sequestra até quatro vezes mais carbono do que as florestas terrestres.

foto/divulgação: Arquivo SME

Em Florianópolis, a Escola do Mar, da Secretaria de Educação de Florianópolis, com o apoio de parceiros, realizou a I Semana de Conservação dos Manguezais. Participaram das atividades mais de 450 estudantes de 11 unidades educativas da rede municipal e uma particular. Um dos objetivos da iniciativa, que teve como sede o Sapiens Parque, em Canasvieiras, foi apresentar a crianças e adolescentes esse ecossistema que faz parte da paisagem natural da cidade e sua importância para a manutenção da vida de todas as espécies.

Outro propósito foi sensibilizar as 17 turmas de escolas e creches sobre a necessidade da conservação dos manguezais, ambientes ricos em nutrientes devido à abundância de matéria orgânica em decomposição e que possuem uma vegetação denominada de mangue. A Semana contou com exposições, entre as quais, uma imersão virtual sobre os manguezais, tipo de solo, mudas de planta dos tipos de mangue encontrados no município, espécies de aves costeiras encontradas no manguezal e um caranguejo Uçá.

Também aconteceu a exposição do artista Gabriel Tissier com “Os fantásticos seres do manguezal”, além de uma sala com jogos digitais sobre o manguezal e uso do App Eco Margeando.

A escritora Vera Lícia Vaz conversou com os estudantes a respeito do livro dela, “A história do jacaré Né”, e houve uma roda de conversa sobre o manguezal com representantes do projeto Raízes da Cooperação. O professor Paulo Horta, da UFSC, atendeu diversas turmas com um experimento realizado com microscópio e oxímetro para medir o oxigênio da água em função da poluição.

Participaram da I Semana de Conservação dos Manguezais as escolas básicas municipais Marcolino José de Lima, Osvaldo Machado, Osmar Cunha, Albertina Madalena Dias, Intendente Aricomendes da Silva (EBIAS), Dilma Lúcia dos Santos, Herondina Medeiros Zeferino, Acácio Garibaldi São Thiago e Virgílio dos Reis Várzea, além da Escola Sarapiquá.


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