Organização destinará R$1,8 mi para inicativas na Mata Atlântica

Com inscrições até o próximo dia 27, Fundo Casa Socioambiental apoiará 45 projetos que receberão até R$ 40 mil cada um

Até o próximo dia 27 de junho, estão abertas as inscrições para o edital “Fortalecendo Comunidades para Conservação e Revitalização da Mata Atlântica e Resiliência Climática”, que destinará R$1.8 milhões para iniciativas na região de Mata Atlântica do Brasil.

A iniciativa é do Fundo Casa Socioambiental que irá apoiar organizações que trabalham para a preservação e restauração do bioma. Os recursos desta chamada foram doados pela filantropa MacKenzie Scott, que premiou 16 organizações brasileiras em 2022, entre elas o Fundo Casa. A chamada começou a receber desde o último dia de 27 de maio, Dia Nacional da Mata Atlântica.

Nesta, que é a segunda maior chamada da história do Fundo Casa em valor de doação, serão apoiados até 45 projetos com até R$40 mil cada. A chamada é destinada a associações comunitárias, organizações de base e comunidades locais que atuem com enfoque socioambiental em territórios localizados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A escolha dos estados elegíveis para a chamada leva em consideração a localização dos principais remanescentes da floresta e também as regiões que sofrem as maiores ameaças, como a especulação imobiliária. Os eixos temáticos desta chamada estarão relacionados à restauração com base em sistemas agroflorestais, fortalecimento comunitário, geração de renda, comunicação e educação comunitária.

Segundo Claudia Gibeli, gestora de programas do Fundo Casa,

“Esta chamada é importante pois destinará apoio para um bioma ao qual temos dificuldade de mobilizar recursos, pois muitos dos nossos financiadores possuem foco na Amazônia. A Amazônia é muito importante em termos de preservação da biodiversidade, comunidades tradicionais e para o equilíbrio do clima do planeta, contudo, não podemos desconsiderar o papel da Mata Atlântica também com relação à preservação da biodiversidade, produção de água e alimento, assim como as comunidades tradicionais que vivem neste bioma e que são fundamentais para a subsistência de um número considerável de pessoas. Ao longo da história da ocupação do território brasileiro, a Mata Atlântica vem sofrendo muitas ameaças de destruição, então, é muito importante apoiarmos projetos voltados à sua recuperação e preservação.”

O Fundo Casa vem, ao longo dos seus 18 anos de atuação, trabalhando com a estratégia de oferecer apoios na medida adequada para organizações que estão começando, ou que possuam dificuldade para acessar recursos de outra maneira, porém, com uma visão sistêmica e distribuída, impulsionando processos positivos para organizações, comunidades e o meio ambiente. Em 2022, cerca de 65% dos apoios do Fundo Casa foram destinados aos biomas Amazônia, Cerrado e Caatinga, ante 25% destinados à Mata Atlântica. Com a criação do Programa Mata Atlântica a expectativa é que os apoios possam ser melhor distribuídos.

A chamada de projetos “Fortalecendo Comunidades para Conservação e Revitalização da Mata Atlântica e Resiliência Climática” recebe inscrições de 27 de maio de 2023 a 27 de junho de 2023. As informações completas e orientações para a inscrição de projetos podem ser acessadas em www.casa.org.br/chamadas.

Sobre a organização

O Fundo Casa Socioambiental é uma organização que busca promover a conservação e a sustentabilidade ambiental, a democracia, o respeito aos direitos socioambientais e a justiça social por meio do apoio financeiro e fortalecimento de capacidades de iniciativas da sociedade civil na América do Sul.

Para isso, desenvolve uma rede de apoio a pequenas iniciativas da sociedade civil. Uma rede que mobiliza recursos, fornece suporte e fortalece as suas capacidades, garantindo uma autonomia cada vez maior para esses grupos, que estão espalhados por toda a América do Sul.

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável relacionado

ODS 15 – Vida terrestre – Proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, travar e reverter a degradação dos solos e travar a perda da biodiversidade

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