Um guia para consumir pescados de maneira sustentável
Pela conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos é preciso observar alguns pontos antes do consumo de pescados
Por definição, pescados são todos os tipos de peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, répteis, e outros animais aquáticos presentes na alimentação humana.
Segundo recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo dessa proteína deve ser de no mínimo 250 gramas semanais, divididas em duas refeições. No Brasil, o consumo em 2020 ficou em 10 kg por pessoa, ainda abaixo dos 12 kg/pessoa/ano preconizados pela FAO como quantidade ideal do ponto de vista nutricional.
Ainda segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a média mundial de consumo de pescado bateu recorde em 2020 ao atingir 20,5 per capita/ano. Com mais de 8.500 quilômetros de linha de costa (considerando as baías costeiras) e 3,6 milhões de quilômetros quadrados de área marinha, o Brasil é apenas o 13º lugar em captura de peixes com 2% da produção mundial. E é justamente a forma de captura um dos temas mais preocupantes quando o tema é o consumo de pescados.
Para auxiliar o consumidor, a ONG WWF-Brasil produziu o Guia de Consumo Responsável do Pescado. O país tem um público consumidor carente de informações sobre os pescados que consome, e com pouco ou quase nenhum dado a respeito das técnicas de produção utilizadas na pesca e aquicultura. A publicação busca informar e esclarecer a população sobre esses problemas com dados sobre os estoques pesqueiros, recomendação de consumo de algumas espécies e quais técnicas de pesca devem ser preferidas por serem menos agressivas ao ecossistema. Também lista as certificações e selos de produção sustentável, métodos mais predatórios de pesca entre outras informações fundamentais para a proteção da vida marinha.
Para a elaboração do documento, a WWF-Brasil avaliou 38 espécies de pescado, sendo 26 de pesca e 12 de aquicultura. No caso da pesca, o resultado da avaliação foi baseado em estoque-alvo, efeitos ecológicos da atividade pesqueira, e qualidade da gestão. Para a aquicultura, são levados em conta o uso sustentável dos recursos (como água, eletricidade e ração), as interações e impactos no ecossistema e a qualidade da gestão. Com base nestes dados a entidade definiu três classificações: “Verde – Recomendado”, “Amarelo – Consuma com Moderação” e “Vermelho – Evite” –
Acesse o Guia de Consumo Responsável do Pescado para conhecer as espécies e suas classificações
Aqui reproduzimos algumas sugestões do Guia, mas recomendamos a consulta do documento completo se deseja consumir mais pescados.
- Sempre perguntar aos vendedores e fornecedores se eles estão vendendo produtos de pesca responsável;
- Dar preferência a vendedores e fornecedores que oferecem frutos do mar obtidos de forma responsável. Faça perguntas sobre o método de ou de aquicultura utilizado;
- Converse com seus amigos e sua família sobre consumo responsável de frutos do mar;
- Pare de consumir espécies ameaçadas.
Fontes de Informação: FAO – WWF-Brasil – Governo Federal
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