Pioneira no jornalismo ambiental no Brasil ganha acervo digital
Liana John destacou-se nacional e internacionalmente escrevendo para veículos como National Geographic Brasil, Planeta Sustentável, O Estado de São Paulo, Veja, entre outros
A obra de vida de uma das mais proeminentes pioneiras do jornalismo ambiental no Brasil, a jornalista Liana John está disponível em LianaJohn.com.br. O rico acervo digital reúne 6 blogs e 1.285 reportagens, artigos e entrevistas, além de livros, cartilhas educativas sobre fauna e diversos outros materiais sobre meio ambiente, agricultura, ciência e tecnologia.
O lançamento do espaço digital marca dois anos desde o falecimento da premiada jornalista, em julho de 2021. Em 40 anos de carreira, Liana John destacou-se nacional e internacionalmente escrevendo para veículos como National Geographic Brasil, Planeta Sustentável, O Estado de São Paulo, Veja, Horizonte Geográfico, Ciência Pantanal e foi uma das criadoras da revista Terra da Gente. A maioria desse conteúdo pode ser acessado na íntegra no site.
“É uma jornada pelo mundo do jornalismo ambiental através dos olhos e da experiência de uma das suas pioneiras. As reportagens continuam relevantes e, reunidas, fornecem uma perspectiva única sobre a cobertura das questões ambientais no Brasil. Trata-se de uma documentação sem precedentes no país, um arquivo imenso, vindo desde uma expedição pelo Rio Demene na Amazônia dos anos 90 ou a cobertura da Rio 92 até as mais recentes inovações tecnológicas inspiradas pela biodiversidade brasileira – é um tesouro para quem se interessa por meio ambiente”, destaca a jornalista e filha da Liana John, Melissa de Miranda.
O encontro entre biodiversidade e inovação, meio ambiente e agricultura, estão entre os temas mais explorados na produção de Liana John. Na seção de “Blogs”, estão disponíveis mais de 200 artigos sobre essas intersecções – com destaque para os blogs Biodiversa, Bioconecta e Agrisustenta. As publicações trazem entrevistas com pesquisadores e curiosidades inusitadas sobre a fauna e a flora, como o mosquito que inspirou seringas indolores, um tijolo feito à base de mandioca ou um detector de câncer criado a partir de camarão e feijão.
Com o lançamento do site, o público é convidado a continuar explorando e aprendendo com o conteúdo produzido pela jornalista.
“Sem perceber, muita gente já entrou em contato com o seu trabalho. Um exemplo cotidiano são aqueles animais no verso dos sachês de açúcar orgânico da Native. Foi ideia e projeto da Liana. Até hoje, pelas mesas de cafés e restaurantes, os seus textos seguem aproximando as pessoas da natureza”, aponta o pesquisador, agrônomo e marido da jornalista, Evaristo Eduardo de Miranda, com quem ela trabalhou no projeto.
“Esperamos que o seu legado sirva como uma fonte de aprendizado para as futuras gerações, incentivando a compreensão e defesa da Ciência e do meio ambiente”, conclui Melissa.
Para saber mais, acesse: www.lianajohn.com.br
Sobre a jornalista
Liana John foi jornalista, escritora e fotógrafa, fundadora da Camirim Editorial. Pioneira em jornalismo ambiental no Brasil, escreveu e editou mais de 30 livros e 1.200 artigos ao longo de sua carreira. Destacou-se nacional e internacionalmente escrevendo sobre ciência, agricultura e meio ambiente por quatro décadas em veículos como Planeta Sustentável, O Estado de São Paulo, Veja, Terra da Gente, Horizonte Geográfico, Ciência Pantanal e National Geographic.
Foi uma das criadoras e editora executiva da revista Terra da Gente durante seis anos (2004-2010). Antes disso, durante 15 anos, respondeu pela editoria de Ciência e Meio Ambiente da Agência Estado (1988-2003), liderando a cobertura da Rio 92, além de participar de diversos programas na TV Cultura e na rádio Eldorado. Recebeu cinco vezes o Prêmio de Reportagem sobre Biodiversidade da Mata Atlântica, incluindo um primeiro lugar na categoria TV pelo documentário Bioconexões. Recebeu também o Biodiversity Reporting Award: Latin American (2009), da Conservation International.
Liana John faleceu em 23 de julho de 2021, com 63 anos.
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