Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher vai premiar meninas cientistas
Até o próximo dia 31 de outubro, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) recebe indicações de Pró-Reitorias de Graduação e Pesquisa, Secretarias de Educação, Escolas e organizadores de olimpíadas e feiras científicas de âmbito nacional ao 4º Prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher”, que premiará a categoria “Meninas na Ciência”, dedicada às jovens e futuras cientistas do País.
Ao todo serão seis premiadas: três do Ensino Médio e três da Graduação – de cada uma das três grandes áreas do conhecimento: Humanidades; Biológicas e Saúde; e Engenharias, Exatas e Ciências da Terra. Elas serão avaliadas pela criatividade e boa aplicação do método científico em projetos de iniciação científica, bem como o potencial de contribuição com a ciência no futuro. Também serão consideradas estudantes com desempenho destacado em atividades científicas como feiras, olimpíadas científicas e atividades similares.
Criado em 2019, o Prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher” é uma homenagem da SBPC às cientistas brasileiras destacadas e às futuras cientistas brasileiras de notório talento, que leva o nome de sua primeira presidente mulher, Carolina Martuscelli Bori.
As indicações, com a devida documentação, poderão ser feitas até o dia 31 de outubro de 2022, exclusivamente através de formulário online, neste link: https://bit.ly/premiocarolinaborisbpc.
O anúncio das premiadas será feito no dia 20 de janeiro de 2023. A cerimônia de outorga do prêmio às contempladas será realizada no dia 10 de fevereiro de 2023, durante o evento anual realizado pela SBPC, no Salão Nobre do Centro Universitário Maria Antônia da USP, em São Paulo.
Quem foi Carolina Bori
Carolina Bori graduou-se em 1947, em Pedagogia, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, tendo sido admitida como Professora Assistente de Psicologia, na própria USP, em 1948. Sua atividade desdobrou-se da Educação para a Psicologia, para a Ciência em geral, para a política científica e para a defesa da sociedade.
Sua opção pela Psicologia Experimental deu-se pela crença no rigor científico. Uma das primeiras pesquisas por ela realizada tratava do preconceito racial e social e foi publicada no final da década dos anos 1940. Carolina trabalhou, ao mesmo tempo, pela consolidação da Psicologia como ciência nas universidades e na sociedade, e pela contribuição da Psicologia para a Educação em todos os níveis. Nesse processo, acabou contribuindo, também de forma inestimável, para a consolidação da ciência brasileira, especialmente por meio de sua atuação na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC, mas também em todas as outras frentes que se apresentaram – órgãos de fomento, associações científicas diversas, entre as quais duas que ela ajudou a criar, a Sociedade Brasileira de Psicologia e a Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia – Anpepp. Contribuiu também para o comprometimento da comunidade acadêmica com as grandes questões políticas e sociais.
Fonte: SBPC
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