Tech Girls promove inclusão e protagonismo feminino
Negócio socioambiental já impactou a vida de mais de 580 mulheres com escolas próprias em Curitiba (PR), São Paulo (SP), Taubaté (SP) e Florianópolis (SC)
Com o intuito de reduzir os danos causados pelo lixo eletrônico e capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade social na área de tecnologia da informação (TI), a desenvolvedora de software Gisele Lasserre criou o Tech Girls.
Desde 2017, o negócio socioambiental oferece aulas presenciais gratuitas de TI e tratamento do lixo eletrônico com o intuito de reduzir o déficit de profissionais mulheres em um setor permanentemente aquecido e majoritariamente formado por homens. O Tech Girls já impactou a vida de mais de 580 mulheres com escolas próprias em Curitiba (PR), São Paulo (SP), Taubaté (SP) e Florianópolis (SC).
Com o sucesso do negócio, que despertou o interesse de empresas e de pessoas comprometidas com a transformação social, Gisele desenvolveu um modelo de franquia social para aumentar sua expansão geográfica e atender a demanda crescente de outras localidades. Ela elaborou um modelo operacional, juntamente com princípios e práticas, para a franquia social, que representa uma oportunidade de ampliação da rede.
“O conceito inovador da Tech Girls vem despertando muito interesse não apenas de entusiastas da causa empregabilidade em tecnologia social no Brasil, mas também de outros lugares do mundo, portanto, o formato de franquia social, encaixa muito bem para quem deseja replicar o modelo de sucesso Tech Girls”, destaca a fundadora.
Como funciona
O Tech Girls recebe doações de computadores e notebooks e orienta mulheres em situação de vulnerabilidade social a recuperá-los. Em seguida, o negócio social utiliza os aparelhos para ensiná-las sobre programação. Caso os equipamentos não possam ser restaurados, as alunas aprendem a reutilizar suas peças confeccionando bijuterias criativas. O aprendizado ocorre presencialmente ao longo de três meses e compreende uma jornada de cinco módulos: a arte do lixo eletrônico, empreendedorismo digital, manutenção de notebooks, lógica de programação e desenvolvimento de software.
Como a maioria das alunas tem pouco conhecimento quanto ao uso da tecnologia e muitas delas não possuem computadores e acesso à internet, Gisele desenvolveu uma metodologia afetiva de ensino que as conecta emocionalmente com o universo digital.
A porta de entrada é a arte com lixo eletrônico: as mulheres transformam sucatas doadas em bijuterias, fazendo com que o descarte do material doado seja praticamente nulo. Trata-se de um módulo lúdico e estratégico para proporcionar familiaridade com as ferramentas de TI.
O módulo de arte em lixo eletrônico também possibilita a geração de renda através da venda de acessórios exclusivos, ajudando muitas mulheres a conquistar a autonomia financeira com a criação de suas próprias lojas virtuais.
Formada pelo Tech Girls em 2022, Dayane Lilian Mazur comemora a conquista da tão sonhada vaga CLT, depois de 8 anos trabalhando de forma autônoma no segmento de corretagem de imóveis.
“Estava em crise profissional e infeliz na minha carreira há pelo menos dois anos, foi então que a ideia de conhecer a área de tecnologia por meio da metodologia do Tech Girls me chamou atenção. Concluí o curso gratuito que teve duração de três meses, fiquei encantada pelas oportunidades de carreira e hoje estou trabalhando na Rumo Logística na área de TI”, comenta.
Outro caso de sucesso é da confeiteira Josemere Zeni, que incrementou a venda de seus bolos a partir do contato com a Tech Girls.
“Vender bolo pela internet foi uma grande supresa. Agradeço de coração ao grupo Tech Girls por tornar isto possível”
Para colaborar com o Tech Girls pessoas e empresas podem doar equipamentos eletrônicos e também fazer doações financeiras. Saiba mais no site https://techgirls.com.br/
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